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PAIXÃO SECRETA

PAIXÃO SECRETA
Na segunda mais uma vez começava a minha labuta. Acordei ás 06h00min e tomei um banho e fui para a cozinha comer algo. Eu não tinha fome de manhã, mas tinha que comer algo, pois não aguentava ficar em jejum até o almoço.
Terminei de comer, escovei os dentes e entrei no quarto do meu pai bem devagar e no escuro mesmo eu dei um beijo no rosto dele.
- tchau pai, te vejo a noite.
- até – falou ele retribuindo o beijo e logo em seguida voltando a dormir.
Esperei pelo ônibus que não vinha nunca e as pessoas não paravam de chegar. Apesar da demora o ônibus apareceu e cheguei à porta da empresa 07h50min. Eu fui até o 5º andar troquei de roupa, coloquei meu terno a gravata e entrei no elevador. Adam estava dentro do elevador.
- bom dia – falei.
- Bom dia – respondeu ele. – ficamos apenas nós dois no elevador naquele silêncio. O elevador parou no oitavo andar e para meu azar entrou a turma de uns estagiários e outros funcionários.
- bom dia Adam – falou um deles tentando mostrar intimidade.
- bom dia Hunt.
No décimo quarto andar a porta se abriu e Adam pediu licença e desceu do elevador, mas antes que a porta se fechasse ele colocou a mão impedindo.
- Mike você poderia, por favor, mandar um buquê de flores para Megan?
- sim senhor, algum recado?
- sim, eu te passo por e-mail.
- ok.
- obrigado Mike.
A porta do elevador se fechou e por alguns segundos o ambiente ficou silencioso, mas logo começaram os burburinhos. Os estagiários falavam e riam olhando para mim. Hunt desceu no décimo sétimo e os estagiários no décimo oitavo.
Ao chegar no meu andar preparei o loca de trabalho. Acendi as luzes, destranquei o alarme e destranquei a sala do Adam, depois a de Xavier e em seguida a de Gregory. Voltei a recepção e enviei o cartão e as flores para a esposa de Adam. Liguei na floricultura e encomendei duas dúzias das flores que Megan gostava. Lírios eram suas flores preferidas. Depois de vários minutos, Adam Gregory e Xavier chegaram ao andar.
- e ai Mike? já encomendou as flores?
- sim senhor, lírios.
- obrigado, não sei o que faria sem você.
Ele foi em direção à sala e logo olhou para mim.
- esqueci-me do café. – falou ele.
Eu coloquei café em uma caneca e entreguei para ele.
- Mike preciso que você vá até a WHITE/LORDE e arrume a sala de reuniões.
- sim senhor.
-a chave está aqui – falou Adam me entregando.
- vá agora e quando voltar traga a chave de volta.
- sim senhor.
- é uma reunião importante e gostaria que não marcasse nenhum compromisso pra mim na parte de manhã e que você anotasse recados de todas as ligações especialmente de for de Megan.
- fique tranquilo senhor.
Adam pegou o café, deu um gole e entrou em sua sala. Peguei a chave e apertei o botão do elevador e aguardei. Ouvi o som do elevador chegando ao andar e assim que a porta se abriu levei um susto. Meu pai estava dentro.
- PAI? Tá fazendo o que aqui?
- vim falar com seus chefes – falou ele saindo do elevador.
- o que? Por que?
- disse que te defenderia com unhas e dentes e não vou deixar que um bando de preconceituosos faça você se sentir mal e se sentir intimidado em seu ambiente de trabalho.
- o que? Já disse que não me importo.
- sei como você fica quando sofre preconceito, você fica remoendo por dentro.
- pelo amor de qualquer coisa se o senhor me ama é hora de provar isso. Vai embora pai ou vou perder o emprego – falei fazendo com que ele entrasse novamente dentro do elevador comigo.
- mas que fique registrado que eu tentei. – falou meu pai que estava com uma bermuda vermelha até o joelho é uma camisa branca segurando a chave do carro.
- o senhor não devia estar trabalhando?
- apenas na parte da tarde.
Apertei o botão e a porta começou a se fechar, mas antes quase fechasse completamente uma mão impediu que se fechasse completamente. A porta se abriu e eu vi que a mão pertencia a Xavier.
- Mike você pode… – Xavier parou da falar olhando para meu pai – Este senhor veio ver alguém? – perguntou Xavier.
- esse é meu pai.
- Senhor Fabray? – perguntou Xavier deslumbrado.
- pode me chamar de Larry – falou ele estendendo a mão e Xavier apertou sorrindo.
- é um prazer te conhecer.
- gostaria que fosse em uma ocasião melhor – respondeu meu pai.
Estava travado e não sabia o que fazer ou dizer.
- algum problema? – Xavier disse isso olhando para mim e para meu pai, mudando sua expressão que agora demonstrava preocupação.
- nem sei o que dizer – falei triste. Nós saímos do elevador e neste instante Adam saiu da sala dele olhando alguns papeis e trouxe seu olhar até nós dentro do elevador.
- Xavier? Algum problema.
- Adam, esse daqui é Larry, pai do Mike.
- é um prazer finalmente conhece-lo – falou Adam vindo até nós.
- coo disse antes, gostaria que fosse em uma melhor ocasião.
- aconteceu alguma coisa? – perguntou Adam olhando para mim.
- não é nada é só… que meu pai… – suspirei – …está sendo um pai.
- vamos para minha sala – falou Adam mostrando a porta – lá podemos conversar. Você vem Mike?
- não – respondi – vou até a WHITE/LORDE organizar a sala.
- tudo bem – falou Adam indo até a sala de Gregory e batendo na porta. Gregory saiu e Adam o convidou para ir a sua sala. Gregory olhou para mim neste instante e seu olhar me cobriu por vários segundos. Em seguida ele desviou o olhar e seguiu Adam até sua sala.
- vou informar Steve e Yivy. Eles se juntarão a nós – falou Xavier.
Entrei no elevador e apertei o botão do térreo e a porta do elevador se fechou fazendo desaparecer a verdadeira visão do inferno. Ao mesmo tempo senti uma dor infernal na cabeça.
- eu estou frito – falei atravessando o saguão para fora do prédio. Segui para o lado direito e passei pelos dois prédios seguintes até chegar em um pequeno onde podia-se ler em cores prateadas WHITE/LORDE Advocacia.
Destranquei a porta da frente e subi as escadas chegando ao segundos andar. Organizei a sala de reuniões preocupado com o que estaria acontecendo no prédio ao lado. Coloquei a mão no meu rosto e fechei os olhos tentando relaxar. Quisera eu que aquilo fosse um pesadelo.
Depois de trinta minutos estava tudo pronto e finalmente poderia voltar a DELIVERY.express. Sai do elevador no vigésimo andar e percebi que eles estavam todos em reunião. Voltei para a recepção cabisbaixo.
- eu vou pedir demissão e mudar de país. – falei desesperado. – vou perder anos de trabalho. Talvez tenha uma chance se meu pai realmente não disser nada sobre minha sexualidade. Gregory já não tinha aceitado muito bem, Steve então… estava fudido! Com certeza perderia o emprego. Passaram-se mais 10 minutos se passaram até que Steve abriu a porta e chamou meu nome.
- Mike?
- sim – falei olhando surpreso.
- vem aqui, por favor.
Estava nervoso com borboletas no estômago e achei que iria desmaiar… Até que essa não seria uma má ideia.
- com licença – falei entrando e fechando a porta.
Meu pai estava sentado na cadeira de frente para Adam e Gregory estava sentado em uma das poltronas da sala enquanto Xavier, Steve e Yivy de pé. Todos os olharem me seguiram da porta até o momento em que me sentei ao lado do meu pai.
- Mike, seu pai estava nos contanto o que vem acontecendo – falou Adam sério. Nem tinha reparado que ele e Xavier haviam se barbeado. Estavam com os rostos lisinhos como bundinha de bebê.
- si-sim. – falei gaguejando.
- quem é esse funcionário? Eu quero o nome dele e de todos que você ouviu dizendo essas bobagens.
Fiquei calado e não conseguia falar. Sabia que devia dizer, mas dedurar os culpados só causaria mais revolta e mais fofocas nasceriam.
- Mike? – falou meu pai – não se preocupa, pode dizer.
- com todo o respeito, mas eu não dizer os nomes.
- você precisa dizer o nome – falou Xavier – você não pode trabalhar em um lugar e ficar ouvindo essas coisas, não estamos mais no colégio para que você tenha receio de vir trabalhar. Intimidadores merecem ser punidos.
Fiquei calado e olhei para Adam.
- eu sei que você está protegendo-os, mas duvido que eles fariam o mesmo por você. – falou Adam.
- não espero que eles façam o mesmo por mim, só acho que denunciá-los vai apenas piorar minha situação.
Olhei para meu pai e ele fez um sinal com a cabeça decepcionado. Ele queria que eu dedurasse os culpados, mas eu não fazia bem o papel de pessoa vingativa. Essas fofocas existem em qualquer lugar, meu erro foi achar que poderia desabafar com meu pai e ele não fosse fazer nada. O silêncio predominou.
- quer saber? – falou Adam se arrumando na cadeira – vou cancelar a reunião com os advogados da WHITE/LORDE.
- o que? porque? – perguntei exaltado. Adam tinha falado sobre essa reunião por tento tempo e disse que era muito importante. Estava surpreso por ele querer cancelar.
Adam me ignorou e olhou para Steve.
- nós vamos parar nossas atividades até nós descobrirmos quem foi. Yivy, Steve quero que faça reunião com seu pessoal e descubram quem falou isso. Se Mike não quer dizer, tudo bem, nós vamos descobrir.
- mas…
- só voltem aqui quando descobrirem – falou Adam se levantando.
- foi o Hunt! – falei rapidamente. Adam parou e olhou para mim.
- Hunt? – perguntou Gregory.
- Hunter Appleton que trabalha no TI.
- Sr. Fabray, considere o problema resolvido – falou Gregory.
- muito obrigado – falou meu pai se levantando e apertando a mão de Gregory e em seguida a de Adam – obrigado por lhe dar com a situação.
- não se preocupa – falou Xavier apertando a mão do meu pai – obrigado por ter sido honesto conosco.
- eu é que agradeço a hospitalidade de vocês – falou meu pai vindo até mim – me desculpa se te fiz ficar envergonhado.
- agora já foi – falei forçando um sorriso.
Todos nós saímos da sala e Steve e Yivy voltaram para seu andar enquanto Adam foi até o TI conversar com Hunt. Xavier e Gregory ficaram conversando com meu pai e eu retornei a recepção e fiquei lá me beliscando para que acordasse daquele pesadelo. Odiava misturar trabalho e vida pessoal, mas já que tínhamos chegado ate ali resolvi jogar verde com Gregory. Me aproximei dos três que conversavam e olhei para Gregory.
- Gregory… posso te perguntar uma coisa?
- pode
- por acaso isso é um tipo de armadilha? Quer dizer… por acaso serie mandado embora por causa dessa confusão?
Gregory percebeu que estava me referindo ao fato de ser Gay pois ele sabia.
- claro que não Mike. Depois do que seu pai me contou é fato que nós precisamos tomar uma providência.
- tudo bem – falei mais calmo. Xavier e meu pai ficaram um pouco perdidos naquela conversa, mas não deram muita importância.
Meu pai foi embora e em seguida voltei ao trabalho. Estava muito envergonhado pelo papelão que meu pai tinha me feito passar. Acho que nunca entenderia o que é ser pai. Porque ele não podia ter me ouvido e deixado pra lá essa história?
Cheguei de taxi em casa depois do trabalho por volta dás sete da noite. Passei no bar antes para encher a cara. Ao chegar em casa meu pai viu que estava cabisbaixo e se levantou do sofá me parando no caminho da escada.
- está com raiva de mim?
- não
- então porque bebeu?
- não bebi…
- seu bafo fede a bebida.
- tudo bem, bebi; Estou triste, o senhor podia ter deixado essa história para lá, mas não deixou… agora não adianta chorar sob o leite derramado. O que aconteceu, aconteceu.
- tudo bem – falou ele saindo da minha frente – só saiba que te amo.
- bla bla bla… – falei subindo as escadas cambaleando.
Subi as escadas, tirei minha roupa e fiquei pensando o quão ridículo estava parecendo aos olhos dos meus chefes. Parar a empresa toda por causa de um problema supérfluo como esse. Estava cansado, tonto e louco para transar. Me tranquei no quarto, abri a última gaveta do meu guarda-roupas, tirei o fundo falso e peguei Jerry. Meu “pequeno” brinquedo. Já que Charley não está aqui… Jerry será meu amante essa noite.
No dia seguinte fui para o trabalho pensativo. Não me lembrava muito bem do que tinha acontecido noite passada, só sei que meu pai não parecia muito feliz. Fiquei pensando sobre como seria visto na empresa. As piadas não iriam acabar, talvez não ouviria ou veria nada, mas continuariam. Não me importei antes e não vou me importar agora.
Estava ouvindo fones de ouvido a caminho do trabalho e senti alguém tocando meu ombro. Tirei os fones e olhei para trás. Havia um homem de cabelos castanhos atrás de mim.
- bom dia – falou o homem estendendo a mão.
Olhei para a mão e depois para o rosto. Meio que me perdi e a mão dele ficou no ar por alguns segundos antes que rapidamente apertasse.
- bom dia – respondi para o homem – eu te conheço?
- na verdade… não – falou ele meio desconcertado.
Olhei –o de cima em baixo. O homem estava vestido como militar.
- bom… acho que vou seguir meu caminho – falei me virando e começando a andar.
- espera… – falou ele segurando meu braço. Puxei com força e continuei andando.
- olha, eu não tenho nenhum trocado e não estou afim de me alistar no exercito.
- eu sou amigo de Felix.
Quando disse isso parei de andar na hora. Meu coração parou e acelerou. Olhei para ele e meus braços tremeram. Respirei fundo e continuei andando, mas dessa vez em passos rápidos.
- você é um mentiroso. Agora me deixe em paz.
- então como sei seu nome? Mickey não é? Mickey Amzalag – falou ele parando de me seguir. Ouvi de longe sua respiração ofegante.
Dei mais três passos e decidi parar. Respirei fundo e olhei para trás. Aquele homem conhece mesmo Felix? Ficamos nos encarando por um bom tempo tentando respirar direito.
- O mundo se torna um lugar frio quando você guarda tudo isso pra você mesmo – falei sentindo vontade de chorar.
- Você não pode esconder dentro de você mesmo toda a dor que você já sentiu – falou ele se aproximando – vai te machucar muito.
- você conheceu mesmo Felix?
- sim – falou ele ofegante a dois passos de mim.
- nem em meus sonhos mais loucos sonhos pensei que alguém além de mim sabia pelo o que ele passou.
- eu sei… sempre soube.
Por alguns instantes não disse nada e todo aquele turbilhão de sentimentos me preencheu.
- meu nome é Phillip. Phillip Dick…
- não quero saber – falei dando dois passos de costas – não preciso mais disso na minha vida – falei me virando e seguindo meu caminho.
- Mickey, por favor.
- fique longe de mim ou vou dar queixa na policia. – falei começando a andar. Andei rapidamente sem olhar para trás. Foi eficaz. A cada passo que dava para longe dele, mais distante parecia o sentimento de tristeza. No final das contas, quando cheguei ao trabalho já não estava mais triste e todo esse sentimento havia desaparecido.
Entrei no elevador que já tinha alguns estagiário e eles ficaram em silêncio até que desceram. Já achei aquilo estranho, afinal o normal era eles ficarem fuxicando bem baixinho tentando me deixar desconfortável. Fui até minha mesa, liguei o computador, arrumei minhas coisas e logo o elevador se abriu. Adam, Gregory e Xavier foram os primeiros a chegar.
- bom dia – falei para Gregory que veio até mim e apertou minha mão. Em seguida ele foi para sua sala. Passado alguns poucos minutos Xavier chegou.
- bom dia Mike.
- bom dia senhor. – ele veio até mim e apertou minha mão forte. Ele também entrou na sala. Adam, estava em sua sala na WHITE/LORDE e me disse que só chegaria a DELIVERY.express ás dez da manhã. Houve alguns problemas com alguns clientes, mas encaminhei todos para Gregory e Xavier já que Adam estava resolvendo problemas com advogados e processos.
Após ás dez da manhã, Adam chegou e junto com ele vieram Steve e Yivy.
- bom dia Mike – falou ele passando direto por mim.
- bom dia senhor.
- pode vir a minha sala por favor? – perguntou ele chegando a porta.
- sim senhor. – falei me levantando. Fui até sua sala e entrei.
- sente-se – falou Adam.
Me sentei e em seguida ouvi a porta se abrindo. Gregory e Xavier entraram na sala.
- Mike, eu gostaria de dizer que você não precisa mais se preocupar, o problema já foi “resolvido”.
- tudo bem. Lamento por ter causado tantos problemas. Peço desculpas pelo meu pai, o senhor tem filhos tenho certeza que consegue imaginar o porque dele ter feito tal coisa.
- imagino sim.
- ótimo, porque eu não imagino – falei rindo.
Adam riu comigo.
- não precisa se desculpar Mike, como você mesmo acabou de dizer eu sou pai. Imagina descobrir que o meu filho é chamado de “puta do chefe” no trabalho, como um viado que dá o rabo para manter o emprego. Adam usou exatamente essas palavras, não forma engraçadas, mas todo mundo riu. Aquele momento clareou minha mente, foi como água caindo em uma janela imunda. Toda a admiração que eu tinha por aquele homem desapareceu naquele momento. É tão ruim quando admiramos uma pessoa e descobrimos que seu modo de pensar é tão obsoleto e inútil.
- você é um rapaz bom e responsável Mike, você não merece ser comparado com esse tipo de gente.
Todos riam mais um pouco enquanto ele falava aquelas coisas, tentei forçar uma risada, mas não consegui. Ouvir aquilo me doeu bastante, era pior do que levar um tiro.
- bom… já vou indo se não atraso o serviço – falei me levantando e esbarrando quando o fiz.
- algum problema Mike? – perguntou Adam.
- não nenhum – falei forçando o sorriso.
- fizemos uma limpeza – falou Steve para Adam enquanto atravessa a sala até a porta.
- com certeza – falou Adam – Hunt com certeza não atendia as especificações e não se encaixava no perfil da empresa.
- os viados também não, talvez devêssemos demiti-los um por um. Se é que existe algum por aqui.
Cheguei a porta e coloquei a mão na maçaneta.
- vou seguir seu conselho Steve – falou Adam rindo.
- devia começar comigo – falei abrindo a porta e me virando
- como é? – perguntou Adam.
- me desculpe – falei rindo – é que o senhor disse que via seguir o conselho de Steve e começar a dispensar os viados. Bom… come por mim porque eu sou gay.
Todos ficaram em silêncio me encarando.
- bom, se me derem licença vou pegar minha mala e “picar a mula” – falei saindo e fechando a porta.
Fui até o balcão, dei a volta e peguei minha mochila. Comece ia jogar todas as minhas coisas dentro e logo Xavier saiu pela porta andando rápido e foi até mim.
- Mike, meu irmão não quis dizer isso.
- vocês são advogados e podem estar com medo que eu processe vocês, eu posso, mas não vou fazer isso. Realmente aprecio tudo o que fizeram por mim.
Adam saiu da sala e veio até mim.
- Mike por favor – falou ele se aproximando – não quis dizer aquilo.
- quis sim senhor, só que agora está arrependido de ter dito. Isso não muda o fato de que agora sei o que pensa.
- Xavier me deixem conversar á sós com ele – falou Adam um pouco arrogante para o irmão. Neste instante Steve e Yivy saíram da sala e ficaram conversando próximo a porta.
Adam a volta no balcão e me puxou para perto da parede e ficou de frente para mim falando em um tom baixo.
- Mike, pelo amor de deus me perdoa pelo o que disse.
- não posso continuar sabendo que o senhor pensa desse jeito, se um dia você disser algo parecido perto do meu pai, ele é capaz de ir pra cima de você.
- Não quis dizer aquilo, é que achei que estávamos todos entre amigos e…
- héteros? quando está com seus amigos “heterossexuais super fodões” é assim que você fala sobre o meu “tipo de gente”?. C chamar um gay de viado deixa você com os culhões maiores?
- eu não sei o que dizer para concertar o que disse.
Respirei fundo e tentei me acalmar. Quando estava nervoso geralmente tomava decisões das quais me arrependia depois.
- sinto muitíssimo, fique! Te dou um aumento.
- quer saber? Esquece. Vocês advogados realmente acham que dinheiro resolve tudo. Vocês advogados são um bando de abrutes que só pensam em dinheiro e não querem saber sobre a vida daqueles que estão usurpando.
- isso é preconceito contra os advogados, você precisa… – Adam parou de falar assim que percebeu que estava sendo sarcástico.
- viu só? É tão chato quando as pessoas fazem suposições baseadas nas aparências né?
- não penso daquele jeito, é que costumamos fazer esse tipo de brincadeira.
- para se sentir superiores? Fazer essas brincadeiras infla seu ego o suficiente? Se achar melhor do que os gays realmente faz com que você se sinta melhor consigo mesmo?
- Mike, você entende… essas brincadeiras surgem quando o assunto surge.
- quer saber? Eu não entendo. Nunca entendi, não sei o que tem de engraçado. Do mesmo jeito que não gostou do que falei sobre advogados eu não gosto quando falam sobre os gays.
- Só me de mais uma chance – falou Adam colocando a mão em meu ombro – por favor. Não é o Dr. White que está pedindo. É o Adam. Não tive muito contato com gays em minha vida, só no colegial e você sabe como é. Ou você zoa os gays ou você se torna um deles. Não fui homem o suficiente para defender os gays que sofriam intimidação e acabei me tornando um intimidador. Sei que tenho muito que aprender e vou aprender, especialmente pelo tipo de pessoa que você é. Se todos os gays forem como você, responsáveis, trabalhadores… o mundo será melhor se estiver cheio deles.
Olhei para baixo e fiquei encarando o chão, já estava me arrependendo de algumas coisas que havia dito. Não todas, algumas coisas precisavam ser ditas.
- tudo bem – falei olhando para ele forçando um sorriso.
- muito obrigado Mike – falou Adam respirando aliviado – Você não sabe o quanto estou envergonhado pelo o que disse. Quando você falou que é gay quase morri por dentro, me senti impotente e no colegial outra vez.
- mas dessa vez o senhor fez a coisa certa. – falei rindo – ao invés de intimidar acabou defendendo… a sua maneira é claro.
- vivendo e aprendendo – falou Adam – batendo a mão em meu ombro e mantendo ela – posso contar com você?
- pode sim.
- obrigado – falei me sentindo bem. Era como se Adam representasse todos os heterossexuais que tinham me feito sofrer a vida toda. Foi bom ouvir aquelas palavras. A admiração que tinha por aquele homem havia acabado de ser restabelecida.


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