HOMOFOBIA
POR Ana Lúcia Santana
A homofobia
define o ódio, o preconceito, a repugnância que algumas pessoas nutrem contra
os homossexuais. Aqueles que abrigam em sua mente esta fobia ainda não
definiram completamente sua identidade sexual, o que gera dúvidas, angústias e
uma certa revolta, que são transferidas para os que professam essa preferência
sexual. Muitas vezes isso ocorre no inconsciente destes indivíduos.
Para reafirmar sua sexualidade e como um mecanismo
instintivo de defesa contra qualquer possibilidade de desenvolver um sentimento
diferente por pessoas do mesmo sexo, os sujeitos tornam-se agressivos e podem
até mesmo cometer assassinatos para se preservarem de qualquer risco. Muitas
vezes, porém, a homofobia parte do próprio homossexual, como um processo de
negação de sua sexualidade, às vezes apenas nos primeiros momentos, outras de
uma forma persistente, quando o indivíduo chega a contrair matrimônio com uma
mulher e a formar uma família, sem jamais assumir sua homossexualidade. Quando
este mecanismo se torna consciente, pode ser elaborado através de uma terapia,
que trabalha os conceitos e valores destes indivíduos com relação à opção
homossexual.
O termo homofobia foi empregado inicialmente em 1971, pelo psicólogo George
Weinberg. Esta palavra, de origem grega, remete a um medo irracional do
homossexualismo, com uma conotação profunda de repulsa, total aversão, mesmo
sem motivo aparente. Trata-se de uma questão enraizada ao racismo e a todo tipo
de preconceito. Este medo passa pelo problema da identificação grupal, ou seja,
os homófobos conformam suas crenças às da maioria e se opõem radicalmente aos
que não se alinham com esses papéis tradicionais que eles desempenham na
sociedade, ainda que apenas na aparência.
Alguns assimilam a homofobia a um tipo de xenofobia, o terror de tudo
que é diferente. Mas esta concepção não é bem aceita, porque o medo do estranho
não é a única fonte em que os opositores dos homossexuais bebem, pois há também
causas culturais, religiosas – principalmente crenças cristãs (católicas,
protestantes), judias ou muçulmanas -, políticas, ideológicas – grupos de
extrema-esquerda e de extrema direita -, e outras que se entrelaçam igualmente
no preconceito. Geralmente os fundamentalismos não cedem espaço ao
homossexualismo. Há, porém, dentro dos grupos citados, aqueles que defendem e
apóiam os direitos dos homossexuais. Dentro das normas legais, também há
variantes, ou seja, há leis que entre casais do mesmo sexo e casais do sexo
oposto se diversificam. E, por mais estranho que pareça, em pleno século XXI,
alguns países aplicam até mesmo a pena de morte contra homossexuais.
O homófobo pode reagir perante os homossexuais com calúnias, insultos
verbais, gestos, ou com um convívio social baseado na antipatia e nas ironias modos mais disfarçados de se atingir o alvo, sem correr o risco de ser
processado, pois fica difícil nestes casos provar que houve um ato de
homofobia. Alguns movimentos são realizados em código, compartilhados no mundo
inteiro pelos adversários dos homossexuais, tais como assobios, alguns cantos e
bater palmas.

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